O tráfico de drogas que ocorre no local parece ser o grande motivador dos delitos cometidos na região, que são principalmente furtos e roubos. Mas o que vêm assustando os estudantes é o aumento da quantidade e da violência com que são cometidos estes crimes. No primeiro semestre de 2014 um estudante do Centro Sócio Econômico chegou a ser atingido por uma coronhada na cabeça durante um assalto na presença de vários outros alunos. Fatos como esse e vários outros que tem acontecido tiveram de gerar uma mudança no comportamento acadêmico, com os professores do período noturno tendo de liberar os alunos antes do término das aulas para que possam sair com um pouco mais de segurança, já que neste horário não há seguranças fazendo ronda pelo campus e a iluminação dos estacionamentos é muito precária.
A lista de crimes cometidos dentro da Universidade é muito extensa, incluindo estupros, assassinatos, roubos, tráfico de drogas e até uma onda de estudantes sendo esfaqueados sem motivo, numa aparente retaliação de bandidos do Morro da Serrinha à ação de policiais.
Esta estudante mesmo que vos fala já foi assaltada dentro do campus e ainda na frente de três guardas da Universidade. Quando solicitei a ajuda deles obtive como resposta que “são pagos para proteger o patrimônio da UFSC e não as pessoas que passam”. Este tipo de comportamento gera uma liberdade ainda maior aos que querem cometer crimes no campus, mas é difícil julgar a atitude destes guardas que, sem direito a portar armas e com baixo contingente de profissionais, acaba ficando exposta também a uma retaliação por parte dos bandidos.
Seria fácil resolver a situação se o acesso à Universidade fosse restrito e a entrada de Policiais fosse permitida, porém essa questão gera muito polêmica na comunidade acadêmica, tendo até ocasionado o Levante do Bosque, quando alunos e docentes se envolveram em confrontos diretos com a Polícia Federal que fazia investigação no local.
Esse choque levou a protestos e invasão da reitoria, onde após muitos dias e muita pressão, a reitora recuou e garantiu que não haverá a entrada de policiais na Universidade.
Por enquanto, resta aos alunos tomarem medidas alternativas de segurança, como não caminharem sozinhos pelo estacionamento e não saírem nos horários em que o campus está mais vazio.